Esses encontros
no cotidiano
dos coletivos
que nos faz
pensar,
Como será aquela
bela mulher que me fita?
que corpo aquelas
roupas escondem?
Que ardência traz
na alma
que não se inquieta
no banco?
Um minuto de prosa
e a despiria
com a velocidade da luz;
e projetava sua luz
dentro de meu corpo
suplicante de amor.
Noites Ciganas
Na noite cigana
onde as palavras
se derramam na mesa do bar
como estrelas no céu.
Os poetas se cruzam
catam brilhos perdidos
tomam cerveja
falam de vida
e de mortes passageiras.
Entre um e outro
cigarro
que se transforma
em fumaça
se espalha as cinzas do tempo.
O amor desaparecido
que ainda incomoda
volta
o resto, o beijo
da mulher amada
ressurge nas pegadas de areia
do mundo de(?) fantasmas
E os sonhos?
os sonhos dançam,
batem palmas
para os poemas escondidos
nas páginas secretas da agenda
e, uma vez descobertas,
revelam-se
como sentimentos pares
Nessas noites ciganas
onde os olhos
tem as linhas da mão
tudo é destino partilhado
lido e reinventado
no verso
antes solitário,
agora companheiro.
Na fala
corações livram-se das mordaças
viram pássaros
e viajam.
Viajam,
pois não há outro sentido
para os poetas
nestas noites ciganas,
além do encontro com o mar
onde se escondem
barcos sem porto
e naufrágios.
Do amigo-poeta para o poeta-amigo
Jorge Luiz Barbosa (Braba)
LIXEIRO-LIXO-NOVO
Repare na rua o lixeiro
que não tem distinção de lixo;
é lixo de pobre, de rico,
de feio, de bonito.
As vezes pega o lixo
mas não sabe o porquê.
torna-se lixo no meio do lixo.
Lixo que precisa acordar
para um horizonte limpo,
onde toda sujeira foi lavada,
já faz tempo.
Lixo que precisa florescer
para frutificar
em vida nova,
trazendo com ela
o tão sonhado HOMEM NOVO!
Um novo ano e milênio começam.
Chove!
A perspectiva é sombria.
Talvez a água limpe a sombra.
Sinto-me perdido.
Um turbilhão de idéias
teimam em aflorar
e comunicar que tenho
algo a fazer.
> From: Eduardo Karol <karol@braswebpredial.com.br>
To: <salvaje@poesiasalvaje.com>
Date: viernes, 28 marzo 2003 03:58
Subject: Esses encontros
Prezados envio mais algumas para a publicação.
Um grande abraço
Eduardo Karol

poesiasalvaje